sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

a campainha quebrou

Meus desejos são mal educados.
Não batem na porta, não pedem licença, invadem.

sem permissão

Eu quis beber água de chuva,
Quis morar na terra para me sujar de vida,
Quis rasgar teus olhos para me descobrir.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

água

TIBUM!
Pulou no poço.
(De águas claras)

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

pouco de pro-te-ção

É preciso abrir as janelas da alma, que muitas vezes ficam enferrujadas. É preciso acolher o medo. Abraçá-lo. Protegê-lo. É preciso também deixar chover, para que tudo possa se renovar.

desconhecido

Totalmente desconhecidos um para o outro, um para o outro totalmente desconhecidos.
E mesmo assim resolveram se encontrar.
Ele aqui,
              Ela lá.
Se conheceram no riso, desde então.
Dormiram juntos. Mas não dormiram.
Olhos fechados, atentos.
Olhos abertos, desatentos.
Olhos nos olhos.
       Os dois no meio.
Se conheceram?

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

voar

Que suas asas voltem a bater para que assim possa voar por todos os horizontes serenos que para mim são claros justamente porque um dia te vi passando por lá...

domingo, 31 de outubro de 2010

sobre a falta 2

Desconfio que Ana queria sentir a mistura do cheiro dela com o cheiro dele.
Cheiro docinho com cheiro de Marcos. Como seria?
Ela queria acordar com Marcos para que ele abrisse a janela...





...E as portas também.

sobre a falta

O relógio marcava 5:37.
Ana acordou sonolenta, foi devagar ao banheiro e escovou os dentes olhando ao espelho. Porque será que a pele dela ficava tão branca ao acordar?
De qualquer forma o dia amanhecia. Acordou mais cedo que o normal, sentou na beira da cama com os pés no tapete de joaninha e olhou em volta, o quarto cheirava docinho. Respirava devagar e profundamente. Sentia falta de alguma coisa. O que era?

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

interior

AAAAAAAAAAh - escutou-se do outro lado.
Ela era uma menina loira. Era uma menina boba, rouca e um pouco louca.
Lá fora, algumas pessoas caminhavam, outras aceleravam os carros, viam-se crianças voltando da escola, velhinhos entrando pela porta do fundo do ônibus. Uns andavam de bicicleta, outros procuravam o táxi.
E ela, da janela, gritava:
- AAAAAAAAAAAh!
A calçada era inclinada. No chão, palavras escritas ao vento. Frases pixadas. Que ao longo do tempo a chuva levaria embora.
A casa era antiga - como ela gostava. Casinha branca com a tinta já um pouco desgastada, janelas que davam nas ruas, nada de portão. A casa não tinha portão. A porta era grande. E ele sempre passava por lá. Olhava para cima. E lá estava ela. Vezenquando de pijama, com o cabelo todo armado. Vezenquando, com o cabelo molhado.
- Gustavo! Ei! Olhe para cá!
Ele levantou a cabeça.
- Não vejo nada, querida.
- Você está ficando cego?
- Não! Os raios do sol estão misturando seus traços, meus olhos ficam sensíveis. Não vejo nada além da luz.
- Mas olhe para cima, Gustavo. Você não me olha mais. Você nunca mais me olhou.
- Eu te olho todos os dias, por todos os lugares que vou.
- Me olha?
- Te olho e te vejo. Mesmo quando não está.
Naquela cidade, algo mágico acontecia todos os dias. As pessoas sabiam olhar. A harmonia gritava.
Não era necessário ver para crer.
Silêncio - escutou-se por todos os lados.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

uni-verso


Os seres do lado de lá me contaram que você veio para ficar.

como melodia

Um barquinho de madeira,
Em águas calmas.

transparência

Se um sorriso sincero mostrasse quem é quem, hoje todos me veriam nua.

reconhecimento

Ouço os pingos da torneira, suavemente... entre a paz e a voz de Calcanhoto, me recordo das palavras ditas, do aviso prévio - vai começar a chover e amor não se pede. Dentro de mim mora um filtro fiel, expulsa tudo que faz mal, tudo que passou da validade. Descubro que algumas pessoas nos roubam para fora, nos fazem viver vidas que não são nossas. Hoje, olho para trás e sei-e-sinto-e-tenho-certeza: nunca fui tão triste como quando estive com você. Não sei como consegui enxergar brilho no teto do seu quarto, não sei como consegui tentar fazer feliz quem não tem ânsia de viver. Não sei como consegui um dia olhar para o céu e pensar em você; sendo que não gosta de estrelas. Hoje, alívio. O tempo é meu amigo. Meu coração é grande. Como é bom me sentir viva de novo.

(-i)lusão

Sei onde quero ir e a vida vai me levando em linhas tortas em rotas novas onde quero chegar.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

...

QUE ASSIM COMO AS FLORES VENHAM AS CORES SALVAR OS AMORES CURANDO AS DORES.

oração

Hoje
peço
leveza.
Que
minha
alma
possa
voar.
Amém.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

enterro

Acorde para buscar a felicidade.
 Faça um velório para suas tristezas. 
Enterre tudo o que te faz mal.
Faça uma oração.
E leve flores.

barquinho

- Filhinha, joga o barquinho na correnteza, aproveita que está chovendo. E viva. Não espere ele voltar. O que será, será.

louca

Minha ânsia de amar não acaba. Minha sede não tem fim. Minha fome não existe. Eu vivo de amor. Existindo assim...

minha preferida



Árvores são sonhos. Árvores são anjos com as mãos para cima e com dedos cheios de flores verdinhas, a árvore sou eu, a árvore é você. Querendo mostrar para o mundo que todo dia é dia. Todo espreguiçar uma nova alegria. Árvores são preces da natureza - saiba enxergar.

busca sem fim

Fui me buscar e não volto. Meus caminhos nunca são os mesmos. Mente criativa renovando pensamentos.

montanha

Não tenho medo de ser quem sou, por isso não deixo de ser. Busco. Reconheço. Paro para respirar porque a vida é caminhada longa, com sóis e tempestades pra lá de fortes. Sou distraída, esqueci meu guarda chuva. Não me protejo. E quando chove forte, a chuva me derruba no chão para que depois o sol me levante novamente. Continuo andando, continuo me buscando, em lugares que existem, em lugares que não existem, e assim, porém, portanto, numa roda gigante colorida e sem fim.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

carta

Marcos,
As pessoas vivem me perguntando quem você é. Mas elas não entendem, elas simplesmente não entendem que mesmo no pensamento, uma pessoa pode existir. Você, por exemplo, nós nunca nos vimos, nunca nos falamos, nunca trocamos olhares - nem palavras. Mas eu vivo escrevendo para você. E nessas cartas escritas descubro coisas que nem por um momento breve cheguei a pensar - e olha que penso muito, Marcos.
Essa é uma carta diferente de todas outras. Eu queria que você soubesse que entendi tudo. Hoje, me olho no espelho e vejo aquela imagem clara. A Laís de sempre, sabe? Aquela que sempre acaba se encontrando no meio de todas descobertas que aparecem no caminho. E não importa, se é ecuro, claro, invisivel. Ela sempre acaba se encontrando. Será por que nunca pára de andar? Ou será porque pára quando o coração pede para parar? A sensação de dever cumprido é gratificante.
Cheguei a conclusão que agosto foi um mês péssimo - péssimo. E sabe porque? Porque eu li tanto sobre isso e senti tanto medo que sem querer-querendo, acreditei que seria péssimo. Essa minha cuca é muito maluca, Marcos.
Setembro finalmente chegou. E aprendi que é preciso acreditar no que realmente quero. Quero viver. E agora não penso, vivo.
Um beijo com brilhinhos e todos meus diminutivos,

L.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

afinidade

Hoje eu acordei para dizer que afinidade é um dos sentimentos mais lindos que moram na essência da gente.
São almas parecidas, sorrindo uma para outra.
São mãos que possuem ímãs, querendo caminhar para sempre juntas.
São sorrisos que acendem todas as árvores de natal.
São lágrimas que molham duas faces.
São abraços que se juntam num só.
São corpos crescendo livremente.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

em um

Tantos sentimentos em uma só pessoa.
Você é de todas as cores.

.

Chegou e me fez re-nas-cer.

flores

Estamos numa bela quinta-feira. Não estamos?
O tempo anda atropelando o relógio, eu sei.
E as coisas estão começando a ficarem bonitas de novo. Setembro está quase aí. Não vê?
Acompanhado da primavera. E sabe o que vai acontecer?






As flores
vão
começar
a
nascer.
Para mim e para você.

surpresa

Pois o vento também é uma pequena epifania - pensou.
Na sala, o barulho dos panos da cortina balançando pra lá e pra cá.
Zum, zum, ummmmm, mmm.
Os papéis coloridos pendurados no teto caíam sobre o tapete. Estava frio.
E o vento a tocou no rosto. Sentiu-se feliz outra vez.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

você e eu

O amor está perto.

O amor mesmo quando briga diz pertinho.

O amor sussura.

O amor grita.

O amor fala.

O amor sente.

O amor olha.

O amor vê.

O amor,

Eu e você.

?

mais serve me não isso. trás para andar faz me e embaralha me confunde me você.



 
 
 
leia de trás para frente para entender.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

me faça acreditar

Como uma menina triste você me fez esquecer a esperança. Você que sempre achou graça no meu jeito bobo de acreditar em tudo me fez com lágrimas infinitas deixar de acreditar no que nasceu em mim. Joguei a purpurina para o alto e até agora ela não voltou. 

não conheço os fatos

Presa numa sala escura, procura transparência por todos os lados. Anda para lá e para cá, mas não têm resposta alguma, a não ser o silêncio, vezenquando isso dói. Mesmo assim não desiste. Ela tem uma sede que não acaba nunca. Ela tem uma fé que não morre com fatos.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

últinha linha

Tenho a impressão de que sempre chego em conclusões bonitas no final das contas. Porque a vida é bonita mesmo. E não pára.

terça-feira, 27 de julho de 2010

sobre mãos

Ontem, especialmente, eu precisei muito das suas mãos. Eu precisei muito que alguém (você) me segurasse.

quase primavera

Talvez a primavera melhore um pouco as coisas...

quinta-feira, 8 de julho de 2010

CCCC

Eu também não quero parecer louca demais, chata demais, pegajosa demais e nada demais. Quero ser contigo o que sou comigo mesma – assim.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

(ex) plicação

Já tentei achar explicação.
Mas isso não existe quando o sentimento está presente.
Porque se for explicado, já não é.

coração aberto

Se você quiser entrar, a porta está aberta. E se isso não for suficiente, eu abro a janela, acendo a luz, perco as chaves, só para você voltar.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

segunda-feira, 21 de junho de 2010

...

Por que você gosta tanto de brincar de cabo de guerra, meu bem? Meus pés estão bem firmes no chão. E eu não vou soltar a cordinha, não. Sou pedra. Sou gelo. Sou contradição.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

real

As vezes, Dona... é melhor ser realista. Você acorda, se conforma, toma um banho, prepara o café. E não espera nada de ninguém. Não diz nada, porque o que não sabemos dizer é muito mais importante do que todas essas palavras perdidas, não é mesmo?

segunda-feira, 14 de junho de 2010

um pouquinho do meu mundo

Quando perdi o medo e resolvi abrir os olhos, estava num jardim. Num jardim onde todas as feridas foram enterradas e regadas dia a dia para depois florir. Florir em alegrias e rastros do que me tornei depois de tantos tropeços e banhos gelados no inverno. Depois de tantas vezes me olhar no espelho e não enxergar nada. Depois de tantas vezes gritar no alto da montanha e não escutar eco algum. Depois de tantas vezes falar sozinha.
Quando abri os olhos, olhei em volta e as margaridas resolveram sorrir para mim. E eu quis abraçar o mundo, quis abraçar você, quis fazer comida para humanidade inteira. Quis adotar todos os animais. Quis doar todos os meus agasalhos. E acreditei mais uma vez nas pessoas. E me apaixonei. E me iludi. E criei expectativas. Sorri. Planejei. Amei. - Porque é assim que eu sou. Por tanto tempo convivi com a escuridão. E por tanto tempo senti falta da luz. Da luz que esquenta minhas mãos, esquenta meu coração. E me faz ter orgulho de ser quem sou. E me faz entender tudo que passou.

domingo, 13 de junho de 2010

loucura

Silêncio. Frio. Solidão. A madrugada chegou. Eu. Aqui. Agora. Pensando no momento exato em que mergulhei tão fundo. Não acho. Não encontro. Sem pistas. Tenho medo. Fecho os olhos. Me perco. Me culpo. Toco a campainha. Me arrependo. Desisto. Durmo.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

você, eu, nós.

Estava com sono sentado naquele sofá velho e rasgado na sala de televisão. Pensando. Dispensando. Quando de repente, entre um pensamento e outro levantou-se e pegou a chave do carro. O portão já estava aberto. Menos esse trabalho. Era um pouco perigoso parar o percurso no meio do caminho, porque as vezes, a melhor coisa a se fazer é atravessar a ponte sem pensar nas distâncias.
Foi isso que Marcos resolveu fazer naquela tarde onde a chuva caía levemente. Frases prontas não existem quando o sentimento invade. Frases prontas, não.
Quando chegou ao destino, lá estava Ana, parada. Como se de algum modo soubesse que o encontro aconteceria naquele instante...
Os dois se olharam.
- Por que você veio só agora?
- Porque lhe procurei tanto, que não sabia onde encontrá-la. - ele disse com a voz trêmula.
- Mas eu estava aqui o tempo todo.
- Estava?
- Estava.
- Acho que estava cego. Senti seu cheiro em tantos lugares e olhei para tantas mulheres com a intenção de ser você.
- E como me achou? Por que agora?
- Porque me distraí, querida. Simplesmente nos distraímos. Quando me dei conta, estava aqui. Aqui e agora. Aqui no agora. - os dois sorriram de forma sincera.
- Acontecemos?
- Acontecemos.
- É você? - ele disse.
- Sou eu. - ela disse com ar de certezas.
As gotas da chuva caíam intensamente na calçada. No rosto de cada um. Entre tantas palavras, só existia aquele momento. Entre tantas pessoas. Existia somente Marcos e Ana. Ele e Ela. Eles.

terça-feira, 8 de junho de 2010

um susto: a realidade.

Ela estava prestes a tirar a roupa para entrar num banho quente. A porta do banheiro estava aberta e não havia mais ninguém em casa, nenhum rastro de lembranças deixadas para trás. Os olhos estavam embaçados, inclusive.
Ela já completava uma certa idade média e seus pais moravam na capital com seu irmão mais novo.
A sensação de liberdade possuía aquele momento, fazendo companhia para a solidão, que de certo modo a fazia sentir vivíssima.
O vento batia as janelas devagar. E pelas ruas daquela cidade localizada no interior de São Paulo se ouviam crianças brincando na rua. O gato pulando de um telhado para o outro e nada mais.
Essa é a trilha sonora da história. A realidade.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

C

Não sei se deveria dizer alguma coisa. Não sei como serão as coisas depois que nos tornamos reais um para o outro. Ou nada disso é real? Pode ser... Só sei que nos encontramos numa rua. Logo em seguida, em qualquer lugar. E eu, sem me dar conta, acabei me perdendo várias vezes nos seus olhos, nos seus braços e em suas mãos. Você não precisa ter vergonha delas... encaixaram perfeitamente nas minhas. O bar tinha sofás bonitos. A música e os drinks não eram legais. Me senti confortável de alguma forma. As músicas não me interessavam, nem os drinks, nem os vidros coloridos. Mas um estranho sentou ao meu lado e me fez esquecer do que se passava em volta... Tudo como tem que ser. Tudo natural, assim.
Não sei se estávamos em ótimas condições de nos encontrar. Não sei se conversamos sobre coisas normais que as pessoas geralmente costumam conversar. Só sei que senti um estado de paz tão grande que quase dormi no seu ombro.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

doce

Meus olhos se encontram com os seus e tudo em volta se transforma em beleza, doce doce doce, é assim que eu me sinto quando minhas mãos tocam as suas de forma tão natural. E meus braços se entrelaçam no seu corpo formando uma cena tão bonita, que me sinto doce doce doce, é assim que eu me sinto quando estou com você. Não penso em nada, nada, nada porque de alguma forma (nós gostamos de usar de alguma forma) o céu continua ali. As nuvens são feitas de algodão doce. Doce doce doce, é assim que me sinto quando seus lábios tocam os meus tão delicamente. Doce, doce, doce... tão doce. 

terça-feira, 1 de junho de 2010

estrelas

Ele: Traz uma estrela pra mim?
Ela: 1estrela, 2estrelas, 3estrelas, 4estrelas. Só se você voar comigo.
Ele: Ando voando continuamente contigo.

Sorriram. Pensaram. Calaram. Ficaram.
E naquele instante, bem no meio do céu, as estrelas pareciam fogos coloridos soltando brilhinhos pro mundo.

bobeira

As vezes me sinto sem forma. Como uma alma. Morri. E as vezes renasço depois da meia noite, meu doce lobisomem.

fantasmas

Me fecho no quarto, me mato em pedaços, o fantasma que me tira os espaços...

sábado, 22 de maio de 2010

do que não sei

              Parágrafo,

Pula uma linha,


Mais duas,






Mais sete.
Escreve.
Apaga.



Silêncio.
Vazio.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

18:58

Dezoito e cinquenta e oito escrevo correndo pra lhe dizer que não voltarei durantes alguns dias mas não quero que você esqueça que penso em você antes de dormir e quando acordo enquanto tomo banho ou quando olho para outra pessoa olho para outra pessoa mas sempre procuro algo seu nela e na verdade encontro porque te vejo tanto que te vejo por onde estou escrevo correndo pra lhe informar que ficarei alguns dias sem aparecer mas isso não significa nada porque nada significa nada quando a gente ama alguém e eu amo você mesmo não voltando durante esses dias entenda que parei aqui correndo pra escrever porque me importo com nós dois senão não teria motivo nenhum pra todo esse desespero sendo que o tempo está passando e estou atrasada por favor não esqueça de nada que eu nunca esqueci (nunca esqueço de você) te quero sempre comigo sempre mais sempre bem com muita risada nossa e muito amor guardado, laís.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

te dizer que

Estou me preparando. Estou me preparando para sentar com você num banquinho qualquer e te olhar nos olhos e pegar sua mão e encostar minha cabeça no seu ombro e te dizer que, estou preparando as palavras e despreparando a mania de economizar versos e economizar sorrisos pra te dizer que, estou preparando meus olhos para que se comportem diante a verdade, sem medo de lágrimas, sem medo de ficar sem controle, sem medo de nada pra te dizer que... vejo suas veias pulsando e sinto meu coração bater na garganta e vejo meus braços procurando os seus involuntariamente pra te dizer que... eu só queria sentar no banquinho da praça e te contar sobre  toda essa minha fé em ações que não existem, em palavras que não são ditas, em sentimentos que você nem sabe...

segunda-feira, 10 de maio de 2010

...

Como diria Caio, que seja doce. Acrescentando, se for amargo, sorri e coloca um pouco de açúcar!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

você me dá raiva

E você me dá uma raiva, porque eu não resisto a sua boca a um metro longe da minha. E me dá uma raiva porque é tão eu que chega a ser chato. E me dá uma raiva porque agora entendo meu pai dizendo sobre o meu mau humor pela manhã. E você dorme lindo e acorda com um mau humor insuportável. Me dá vontade de te pegar pelo pescoço e te chacoalhar e olhar pra sua cara de idiota e falar: meu filho, acorda! Mas ao mesmo tempo me dá uma vontade tão grande de rir de toda essa besteira que eu vivo falando – e você vive acreditando. Me dá uma raiva porque você fala tanta besteira – e eu vivo dando telha. Mas no dia seguinte me dá uma vontade tão grande de rir de tudo isso e te abraçar passando minhas mãos nas suas costas só pra sentir o tecido da sua blusa branca de manga comprida fininha. E me dá uma vontade de te fazer dormir no meu colo. Me dá uma raiva porque você dorme e não me segura direito e eu caio da cama. Uma raiva porque não fala, não meche, não faz nada só fica dormindo. E eu toda boba, acordada sorrindo. Me dá uma vontade de rir por sermos assim tão bobos e nos preocuparmos com tão pouco. E me dá uma vontade de fugir por sermos tão iguais! Dá vontade de sorrir de tanto amor escondido embaixo da raiva e dos sinais...

segunda-feira, 3 de maio de 2010

abraço

Porque Marcos sempre voltava para Ana. Porque Ana sempre voltava para Marcos. Ela poderia até conhecer Pedro. Poderia até gostar de Pedro, mas bastava Marcos aparecer que tudo se transformava em passado. Eles tinham um tipo de uma coisa que não dá pra explicar, sabe? Um tipo de uma coisa que era assim todas as vezes que se viam. Marcos e Ana - duas pessoas ligadas pelo mar. Duas pessoas orgulhosas de frente ao mar. Marcos e Ana - se encontravam. Marcos e Ana - no sofá, na janela, na cama. Marcos e Ana - tão simples que de complicações viviam. Sabiam, que um dia, se olhariam e se amariam - se bem que já amavam mas ainda não sabiam. Certo dia Marcos e Ana se encontraram e por entre fantasias tudo era realidade. Certo dia se encontraram e em meio a sorrisos, tudo era vontade. Certo dia então, se beijaram. Ana e Marcos não tinham diálogo algum, eram só brincadeiras e besteiras. Ana e Marcos só tinham diálogo fazendo amor - quarta as quinze, domingo as dezenove, terça as vinte?
Marcos e Ana: Das oito as vinte quatro, dois sorrisos, dois olhares, uma cama, dois braços e um abraço.

terça-feira, 27 de abril de 2010

?

Acontece que apertei os passos e quando olhei no pulso estava adiantada... não queria ficar muito tempo esperando. Resolvi sentar no chão mesmo e fiquei olhando o metro passar. 1, 2, 3, 4 vezes. Meus pensamentos corriam como todas aquelas pessoas passando por mim...
Levantei e fiquei em dúvida. E agora? Qual porta entrar? E se fosse a errada? E se eu deixasse passar a certa? Eu estava cansada e seria dificil voltar ao começo de tudo... Foi aí que olhei tantas opções e resolvi entrar na primeira, sem pensar mais de uma vez. Afinal, eu já sabia onde queria ir... e as portas abririam no mesmo lugar.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

trovão

Escuta, eu só quero que você entenda que tentei esperar. Fiquei ali parada morrendo de frio... olhei pro céu e vi as nuvens cinzas, tudo escuro, sabe? Fiquei morrendo de medo de me molhar. Aí o ônibus passou e eu entrei antes que começasse a chover.

quarta-feira, 31 de março de 2010

filtro

Limpei tantas sujeiras, mas algumas se tornaram manchas. Posso dizer que ainda existe muita coisa intacta, muita coisa viva e eu continuo respirando fundo mesmo com falta de ar...

terça-feira, 30 de março de 2010

fantasma

Tô tão apaixonada por você que hoje fui tomar banho e vi duas toalhas. Uma em cada canto, juntei as duas.

um medo

Tenho medo de ficar na sala e sentir aquela felicidade bonita por olhar as pessoas recebendo os presentes de amigo secreto, até chegar a minha vez e de repente perceber que a pessoa não veio...

segunda-feira, 22 de março de 2010

vidro

E se me quebrar, querido, não adianta passar cola, fita crepe, super bonder, voltar a fita.... Quebro em pedacinhos. Alguns são invisíveis. Impossíveis de serem colocados no lugar.

passado bom

Sinto saudade da sua mão na minha perna. Saudade de querer falar sério e não conseguir. Sinto saudade de falar o que nunca falei. De tentar o que nunca tentei. E de querer te aceitar do que jeito que é e conseguir te aceitar do jeito que é. Tenho saudade do frio sentada no seu colo. E do travesseiro gelado. Sinto saudade de me encontrar em você. Sinto saudade até do seu insuportável silêncio de sempre. Que hoje, me faz entender tantas coisas. Me faz entender que sou assim. Somos assim. Basta olhar de perto...

palavras que ferem

Cuidado com as palavras. Sou sensível demais. Acredito com tanta força que é fácil me quebrar.

domingo, 21 de março de 2010

segurança - o que falta

Tento dizer tantas coisas e repito que mais uma vez preciso que as pessoas me digam: vamos lá, minha mão está aqui do outro lado. É só esticar a sua.

sexta-feira, 19 de março de 2010

canto de um desesperado

Asfixia. Insônia. Pega a almofada. Peguei. Funcionou.

Eu acredito. Eu acreditei. Eu acreditava.

Eu acredito?
Eu acreditei?
Eu acreditava?

quarta-feira, 17 de março de 2010

colorindo

Não deixe a tinta acabar, não quero economizar pinceladas.

terça-feira, 16 de março de 2010

a falta

Olhou de longe e viu que ele estava lá... o corpo estremeceu.
- Você veio? - disse ela, querendo ser indiferente.
- Sempre venho.
- Mas fazia tempo que não vinha.
- Você não deixava - disse ele.
- Tenho que deixar?
- Precisa se permitir...
- Me permito.
- Me permite? - sorriu.
Os dois se beijaram. A música acabou.
- Senti saudade - os olhos dela disseram.
- Sinto sua falta - os olhos dele disseram.
Riram a noite inteira, juntos.
Dane-se a covardia. Você me faz sorrir.
Te vejo e te encontro. Te vejo e me encontro.

quinta-feira, 11 de março de 2010

vai embora

Céu azul, será que tem como fazer os pensamentos ruins irem embora da minha cabeça que borbulha o tempo todo? Será que tem como tirar esse pressentimento ruim daqui? pedindo de verdade, vão embora... Me deixem em paz!
Não conseguem ver que eu quero que fique tudo bem de uma vez? Vocês não vão me dominar. Não gostam quando finjo que não existem, ? Então tá... vamos lá, me contem tudo que precisam. Pronto? Agora tchau. Vou ter que repetir mais uma vez?

estrada

Olhando para os lados como se procurasse alguma coisa, se transportou para Vênus e as paisagens começaram a se transformar em poesias de cores vibrantes que faziam com que ela, detalhista ao extremo, enxergasse tudo de uma forma mais ampla. As estradas passam como um filme e as árvores, as rochas e tudo em volta passa tão rápido que o quadro borra... os caminhos são de tantas formas que ela poderia descrever cada um do jeito mais claro existente, alguns eram retos, cheio de curvas, curvas normais, perigosas, radares, carros em volta embaralhando o mundo de um jeito que a única coisa a se pensar era: a estrada poderia ser muito bem relacionada com a vida, instável - e sem fim.

entardecer

18 horas, o sol indo embora, os dois estavam caminhando...


- Preciso parar!

- Mas já cansou? Quero continuar, você se importa?

- Claro que não. Só estou cansada. Quero ficar aqui - sorriu.

- Quer ficar aí? Fica aqui, não aí.

- Eu estou aí. Você sabe... não sente? Só quero ficar aqui agora.

- Não quero te deixar sozinha.

- Gosto de ficar sozinha.

- Gosta? Mesmo? - disse preocupado.

- Gosto de ficar sozinha, não de estar. - disse olhando os olhos.

- Eu estou aqui.

- Você está aqui... e aí. - os dois sorriram e o sol foi embora...

terça-feira, 9 de março de 2010

Poesia é saber enxegar coisas que não existem-que existem.
Te mando coisas boas, coisas claras, perfumes, lembranças... Me avisa quando chegar até aí?
Vou escrevendo o que a alma quer transmitir. Essa é minha verdadeira paixão pelas palavras escritas: me devoram, me descobrem, me demonstram. E dá medo...

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Impossivel andar de mãos dadas sozinha.
Não quero explicações, quero mais é que ele se sinta tão livre que tenha vontade de voar até aqui.
Não quero satisfações, quero mais é senti-lo flutuando por aí, quero vê-lo na lua.
Só peço que entenda meus olhos sorrindo enquanto meus lábios não se mexem: não minta para mim.

tati

''Quando não sei mais o que sentir, respiro perto da sua nuca e sinto coisas inéditas''
Tati Bernardi
A inspiração é tão grande que quando a porta do armário se abre, ela olha aquela roupa e mistura azul com cinza com verde e se sente tão clara que quer logo sair para espalhar o bem por aí...

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

o amor tem som

Música vibrante dentro da mente repetindo com as mesmas palavras que o jeito que a gente se tocava não era comum. Não era comum porque esqueci que a vida passava lá fora pra prestar atenção na sua mão no meu braço, não era comum porque senti você em mim como se minha alma falasse com a sua, nos deixando num estado elevado de paz. Nossas almas resolveram se encontrar e só restou fazer amor com os olhos num silêncio que parecia minha trilha sonora preferida.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

a verdade

Deveria parar de ser complexa e escrever no espelho de qualquer cor: é tudo limpinho, simples e claro.

mundo da lua

Vou caminhando cheia de dúvidas e incertezas e perguntas pensando que a frequência com que me desligo do mundo é tão comum como ir daqui até a porta de certa forma que não perceba isso. Não quero respostas, quero apenas chegar onde quero estar.

quando a gente recebe uma carta

Lá,

Ninguém sabe ser tão transparente como você. Porque ninguém sabe desses sonhos que o mundo põe e tira da vida da gente como você. Sempre tive vontade de te pegar no colo, sempre tive vontade de te salvar, como se te salvando eu tivesse salvando em mim também a porção de sonhos que não consegui fazer valer. Mas o Universo que você tanto admira, mágico que é, fez o trabalho por nós. Ele colocou essa resiliência em nossas almas, e essa capacidade bonita que temos de nos reconstruir a cada queda, e ainda esses seus olhos que são como sementes de feijão num algodão encharcado de água. Olhos que brotam e germinam, olhos que são latentes.
E se há o que em você excede, é essa luz e fé, que te fazem sempre descobrir coisas invisíveis.

Você é uma espécie de calmaria.
Te amo.
Obs: Ainda acho que deverias ser astronauta.
Obs2: Esquece o lápis de olho.

Mi.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

123

Dance de olhos abertos enquanto a chuva cai e levante as mãos pra cima.

esperança

A noite chega e o relógio marca 23:00, é o tipo de horário que o céu já está escuro. As estrelas brilham e a Lua ilumina tentando passar o recado que a esperança está sempre presente, mesmo muito longe. E que sem ela, tudo é escuridão.

carta

Querida T.
Sei que a distância é uma coisa chata. , os caminhos são excitantes mas deveriam existir atalhos para as emergências.
Se bem que se, você, pensa comigo desse lado aí, se os atalhos existissem deixaríamos de aprender com o caminho todo. A distância separa nossas mãos, mas nossos olhos atravessam a ponte. Posso fecha-los agora e te enxergar. Você sabe.
Me sinto só. Mas sei que estamos juntas no hoje e no sempre.
Com melancia gelada, esmalte prata e cabelo no ombro. Eu te amo (quando é sincero não se torna clichê).
Beijos 26/09/05/10/1996/1991. Touro, libra, gêmeos, touro. Vênus.
Com amor, saudade e sono.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

smile

Como se algo invadisse meu corpo e tomasse conta dos pensamentos fazendo o coração bater mais forte e como se o sorriso permanecesse o tempo todo em meu rosto deixando claro para todos que existe algo diferente acontecendo.

sorrir

Seus gestos cuidando das minhas delicadezas é tão sensível que me parece amor.

táxi

Taxista: Você precisa colocar barreiras. A pessoa que vale a pena atravessa todas as pontes. A pessoa que vale a pena passa por cima de todas as barreiras que você mesma criou e te mostra que sim, ainda existem pessoas de verdade.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

reflexo

As luzes passam rapidamente deixando tudo embaralhado e de repente penso que tantas vezes já fiquei nua sem tirar uma peça de roupa.

diferente.

Gente com efeito colateral existe.

inteira

Existe um rio que vai atravessando minhas margens estreitas e que de um lado as águas acontecem lentas de mais e do outro a sombra é tão escura que me enche de excessos. Gosto quando minhas águas se fundem, se juntam e se tornam uma só... gosto quando inundo, transbordo, gosto quando a correnteza é tão forte que não posso pensar no sentir e simplesmente sinto. Existe um rio que vai me atravessando e não deixa nada dividido, porque me deixa inteira.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

os olhos

Melhor que entender fatos é entender olhares.

ponto final

Gosto dos três pontinhos mas quero um ponto final.

é bonito também

O trovão é a trilha sonora da chuva.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

.

Eu só queria tentar dizer alguma coisa.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

encontro

Me perco. Me encontro. Me perco. Me encontro. Sucessivamente. Até encontrar a alma.

coração

As vezes o sentimento trai o coração. O que parece ser arrebatador em questão de segundos se torna comum. E aí vem a dúvida se isso acontece apenas comigo, que acredito que as pessoas ainda são o que mostram ser. Loucura, pura ilusão. O que acontece mesmo, o que eu sei... é que a vida adora surpreender e mostrar com detalhes, cor dos olhos, cabelo, altura, que ainda existe muito ser humano no mundo. Quem sabe com outro tipo de coração...

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

lágrimas

A tristeza se manisfesta quando a alma chora.