segunda-feira, 30 de julho de 2012

Das formas de SER.

Não sou a menina com uma flor do poema de Vinicius de Moraes, não sou as mulheres que Robert Plant cita em suas músicas. Sou alguém em constante mudança e contradição, que não se encaixa nos padrões de uma sociedade mesquinha, apesar de muitas vezes me sentir vazia. E tantas outras me sentir transbordando como um copo que foi esquecido embaixo do bebedouro. Sou aquela que atrai olhares bondosos e maliciosos, olhares de certezas, como se me conhecessem sem ao menos saberem da minha história. Eu sou transparente. Os meus olhos são mapas. Sou o que minha imaginação inventa na hora do agora, na hora daqui a pouco e na hora H. Sou aquela que assustará quando pronunciar um FODA-SE. Eu sou eternamente criança e adoro ser mulher quando brincam com meus sentimentos de menina. Sou uma onda do mar na maré cheia, durante uma chuva de verão que passa rápido e também uma garoa que dura o mês inteiro. Eu sou passageira e para sempre constante. Eu sou aquela que pensará coisas que nunca passarão pela sua mente porque penso além da conta e as vezes não penso em nada e só faço. Mal feito. Com agressividade e grosseria. Ou muito bem feito. Nunca mais ou menos. Gosto de surpreender da mesma forma que sou surpreendida. Sou desconhecida. E gosto do desconhecido só para se tornar conhecido. Eu sou isso. Aquilo. E não tenho nada. Eu só sou.

O nome é meu

Caminhando e partindo durante longos dias e sem riscar o calendário cheguei na saída. Não tinha placa alguma, nem pessoas me esperando, nem esperanças, nem faixas de boas vindas. A saída na maioria das vezes é um lugar solitário. Nesse lugar solitário me encontrei e o chamei de Laís.