sábado, 22 de maio de 2010

do que não sei

              Parágrafo,

Pula uma linha,


Mais duas,






Mais sete.
Escreve.
Apaga.



Silêncio.
Vazio.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

18:58

Dezoito e cinquenta e oito escrevo correndo pra lhe dizer que não voltarei durantes alguns dias mas não quero que você esqueça que penso em você antes de dormir e quando acordo enquanto tomo banho ou quando olho para outra pessoa olho para outra pessoa mas sempre procuro algo seu nela e na verdade encontro porque te vejo tanto que te vejo por onde estou escrevo correndo pra lhe informar que ficarei alguns dias sem aparecer mas isso não significa nada porque nada significa nada quando a gente ama alguém e eu amo você mesmo não voltando durante esses dias entenda que parei aqui correndo pra escrever porque me importo com nós dois senão não teria motivo nenhum pra todo esse desespero sendo que o tempo está passando e estou atrasada por favor não esqueça de nada que eu nunca esqueci (nunca esqueço de você) te quero sempre comigo sempre mais sempre bem com muita risada nossa e muito amor guardado, laís.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

te dizer que

Estou me preparando. Estou me preparando para sentar com você num banquinho qualquer e te olhar nos olhos e pegar sua mão e encostar minha cabeça no seu ombro e te dizer que, estou preparando as palavras e despreparando a mania de economizar versos e economizar sorrisos pra te dizer que, estou preparando meus olhos para que se comportem diante a verdade, sem medo de lágrimas, sem medo de ficar sem controle, sem medo de nada pra te dizer que... vejo suas veias pulsando e sinto meu coração bater na garganta e vejo meus braços procurando os seus involuntariamente pra te dizer que... eu só queria sentar no banquinho da praça e te contar sobre  toda essa minha fé em ações que não existem, em palavras que não são ditas, em sentimentos que você nem sabe...

segunda-feira, 10 de maio de 2010

...

Como diria Caio, que seja doce. Acrescentando, se for amargo, sorri e coloca um pouco de açúcar!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

você me dá raiva

E você me dá uma raiva, porque eu não resisto a sua boca a um metro longe da minha. E me dá uma raiva porque é tão eu que chega a ser chato. E me dá uma raiva porque agora entendo meu pai dizendo sobre o meu mau humor pela manhã. E você dorme lindo e acorda com um mau humor insuportável. Me dá vontade de te pegar pelo pescoço e te chacoalhar e olhar pra sua cara de idiota e falar: meu filho, acorda! Mas ao mesmo tempo me dá uma vontade tão grande de rir de toda essa besteira que eu vivo falando – e você vive acreditando. Me dá uma raiva porque você fala tanta besteira – e eu vivo dando telha. Mas no dia seguinte me dá uma vontade tão grande de rir de tudo isso e te abraçar passando minhas mãos nas suas costas só pra sentir o tecido da sua blusa branca de manga comprida fininha. E me dá uma vontade de te fazer dormir no meu colo. Me dá uma raiva porque você dorme e não me segura direito e eu caio da cama. Uma raiva porque não fala, não meche, não faz nada só fica dormindo. E eu toda boba, acordada sorrindo. Me dá uma vontade de rir por sermos assim tão bobos e nos preocuparmos com tão pouco. E me dá uma vontade de fugir por sermos tão iguais! Dá vontade de sorrir de tanto amor escondido embaixo da raiva e dos sinais...

segunda-feira, 3 de maio de 2010

abraço

Porque Marcos sempre voltava para Ana. Porque Ana sempre voltava para Marcos. Ela poderia até conhecer Pedro. Poderia até gostar de Pedro, mas bastava Marcos aparecer que tudo se transformava em passado. Eles tinham um tipo de uma coisa que não dá pra explicar, sabe? Um tipo de uma coisa que era assim todas as vezes que se viam. Marcos e Ana - duas pessoas ligadas pelo mar. Duas pessoas orgulhosas de frente ao mar. Marcos e Ana - se encontravam. Marcos e Ana - no sofá, na janela, na cama. Marcos e Ana - tão simples que de complicações viviam. Sabiam, que um dia, se olhariam e se amariam - se bem que já amavam mas ainda não sabiam. Certo dia Marcos e Ana se encontraram e por entre fantasias tudo era realidade. Certo dia se encontraram e em meio a sorrisos, tudo era vontade. Certo dia então, se beijaram. Ana e Marcos não tinham diálogo algum, eram só brincadeiras e besteiras. Ana e Marcos só tinham diálogo fazendo amor - quarta as quinze, domingo as dezenove, terça as vinte?
Marcos e Ana: Das oito as vinte quatro, dois sorrisos, dois olhares, uma cama, dois braços e um abraço.