domingo, 15 de junho de 2008

estou indo

eu já estava de malas prontas, ia pra Pasárgada (para quem não lembra é o reino feliz que Manuel inventou, o Bandeira; para que não sabe, ele foi um poeta maravilhoso).
queria escapar desse reino das frases infelizes e atitudes trouxas, dos reis feios e nus, das explicações fáceis, da falta de providências e autoridade, da euforia que ilude de um lado e da realidade tão diferente de outro.
Pasárgada podia ser um bom lugar, onde se acredita nas instituições e nos líderes, onde vale a pena ser honrado e os malfeitores vão direto para a cadeia, onde se tomam providências antes que tudo desabe. lá, ao contrário daqui, em que a maioria de divide entre os ingênuos, os que saem das coisas mas se conformam e os aproveitadores. autoridade serve para cuidar bem do povo, decoro é simplesmente decência, seja em algum cargo, seja na vida cotidiana de qualquer um.
na minha nova pátria eu tentaria não escrever mais sobre o que nesse mundo tem me deixado angustiada. mandaria só questionamentos sobre o que faz a vida valer a pena: as coisas humanas, como família, educação, tranformações, amores e separação, responsabilidades e escolhas, alegria, vida e morte, por último o mistério de tudo, até a dor (mas que seja uma dor decente)
nem problema de tranposrte eu teria, para Pasárgada se viaja com o coração e o pensamento.




Esse texto foi feito por Maria Berti.
beeeeeijo =*

Nenhum comentário: