segunda-feira, 7 de julho de 2008

sem nome



lembro de um dia que meu pai disse eu precisava parar de reclamar, e pra isso bastava fazer duas listas: uma com as coisas que trazem alegria e satisfação, outra com tudo o que é necessário mudar. segundo ele, a lista com as coisas boas seria infinitamente maior do que aquela contendo as ruins, apesar de tudo.
isso já faz tempo. apenas hoje decidi tentar seguir o conselho. o que parecia simples não é. começando a pensar nas diversas áreas desse labirinto a que chamamos vida, percebi que não são necessárias duas listas, mas muitas e muitas: gostos e desgostos na familia, no amor, no colégio, no trabalho, em mim, no mundo. é fato: absolutamente tudo tem dois lados.
não fiz as várias listas!
descobri que não é uma questão de infelicidade, mas de instabilidade: o que me faz cantar hoje já foi motivo de choro num outro dia, do qual prefiro não me lembrar. é por isso que estimo instáveis como eu; é por isso que parei de questionar, de exigir; em vez disso, prefiro amar.

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