terça-feira, 19 de maio de 2009

laís.laís

Desliguei o telefone imovel. Não senti nada. Fiquei ali sem sentir nada um bom tempo, sai do jeito que estava, cabelo lavado com shampoo que ele gostava, perfume que ele gostava, só. Consegui me divertir até olhar pra lua na volta para casa. Foi um impacto forte, logo eu, que só consigo olhar pro céu e sorrir. Olhei e fiquei com vontade de chorar. O fato é que, ela estava tão linda que me senti como aquelas crianças que se perdem da mãe no supermercado e quando encontram é aquela coisa toda. Cheguei em casa e pensei: vou tomar um banho. Tirei a roupa e me olhei no espelho. O corpo estava lá. No coração, marcas que ele deixou. A maquiagem estava borrada. Eu estava sozinha, olhando no espelho com fumaça, tentanto descobrir quem sou. Quem me tornei depois dele. Entrei no chuveiro e chorei baixinho. Procurei uma pergunta sem resposta. Terminei o banho, olhei e não me encontrei. Porque ele ainda estava lá. É, banho não lava a alma!
Levantei a bandeira de paz. Amar é um desafio, sentimos ou não.

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