quarta-feira, 13 de julho de 2011

dos dias ruins

Alguns dias amanhecem às dezenove horas, dias em que Ana não abre a janela. O cansaço mental é grande e entre 64 pensamentos e outros, tudo parece estar longe do alcance das mãos e dos pés, dessa vez, nem asas adiantam. Tento me justificar com o coração dizendo que pessoas que sentem demais, que conhecem a intensidade porque são intensidade desde que vieram ao mundo, têm lá dessas coisas de dias escuros. Dias em que nada faz sentido, nem mesmo a vida. Dias em que o café é amargo, mesmo acrescentando o pote inteiro de açúcar. E o sol tem barulho de tempestade. Dias em que todas as portas da vida estão trancadas. Dias difíceis. Sorte que todo dia é véspera. Dias em que nada basta, só ser.

2 comentários:

Adriana ♣* disse...

Ainda bem que todo dia é véspera!

O que seria de nós sem essa esperança?

:S

Adriana ♣* disse...

Vou ficar esperando 'dos dias bons' , tá?

:)